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sexta-feira, 22 de novembro de 2013

LEITURAS OBRIGATÓRIAS - O CÁLICE E A ESPADA

Esta é uma obra indispensável no curso porque nos ajuda a perceber, com o recurso a exemplos do passado, a influência do género da divindade cultuada numa determinada sociedade.

.As descobertas feitas pelos arqueólogos, ou melhor, por arqueólogas, como Marija Gimbutas, de sociedades antigas altamente desenvolvidas, apresentando níveis  inacreditáveis de bem-estar e equilíbrio social que cultuavam a Deusa ajudam-nos a perceber essa importância. Isto num contexto mais vasto em que outras sociedades, que cultuavam deuses diferentes, guerreavam, saqueavam, pilhavam, escravizavam,

Os valores que o tipo de divindade cultuada inspira na respectiva sociedade são determinantes, e por isso num mundo altamente desequilibrado como o nosso em que nos aproximamos perigosamente da ruptura social e ecológica, a autora considera crucial olharmos para o passado e percebermos essa importância.

Dois modelos sociais existiram até agora na história humana, diz-nos Riane Eisler, com consequências muito diferentes que vão no sentido oposto um do outro. Trata-se do modelo de dominação e do modelo de parceria. O primeiro, o modelo de dominação, é masculino, patriarcal, mas aquele que sociedades pacíficas, prósperas, igualitárias e sustentáveis, como Creta e Çatal Hüyük conheceram não se pode considerar matriarcal, como por vezes se diz. Se patriarcal implica que o género masculino domina o outro género, as mulheres, os outros homens considerados mais vulneráveis e a própria natureza, não podemos dizer que alguma vez houve um regime de sinal contrário, ou seja, em que as mulheres dominaram os homens. Quando a mulher era importante na sociedade, como nos exemplos que citei, a sociedade era ginocêntrica, à mulher estava reservado um lugar importante, a divindade principal era uma mulher que dava, que gerava a vida, que cuidava e protegia na vida e na morte.

Muito importante perceber que quando o princípio masculino se tornou dominante, em vez dos valores da vida, e de uma Deusa que dá à luz, passámos a ter deuses autoritários e ferozes determinando valores como a conquista, o saque, a pilhagem, a escravização, a imposição da obediência pela lei da espada, sendo “a força física superior do género masculino a base da opressão social, da guerra organizada, ou da concentração da propriedade privada nas mãos dos homens mais fortes”

Luiza Frazão

Fonte: O Cálice e a Espada, Riane Eisler

Imagens: Google (arte de Creta e Deusa de Çatal Hüyük)

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

BIBLIOGRAFIA

Estas são algumas das obras aconselhadas, algumas de leitura obrigatória, conforme depois será indicado. 

As três primeiras estão on-line e é possível que outras mais se encontrem, terão de fazer essa busca. 

Muitos títulos importantes não estão traduzidos para português, pelo menos publicadas em Portugal, mas a versão espanhola, para quem não domina o inglês, é fácil de encontrar. "A Deusa Branca", de Robert Graves, por exemplo, embora aqui vejamos a imagem da capa na versão inglesa, o link abaixo remete para a versão espanhola. 

Várias têm versão portuguesa como os dois livros indicados de Jean Shinoda Bolen, publicados pela Presença. 

No caso da obra da nossa grande Dalila Lello Pereira da Costa, um livro muito mágico para mim, sugiro que não deixem de comprar a edição ainda disponível da Lello Editores, porque se trata duma relíquia que a qualquer momento pode esgotar. 

O caso de "O Cálice e a Espada", obra do mais fundamental, é semelhante: existe uma excelente versão portuguesa publicada pela Via Óptima que é pena não adquirirem. 

Existem autor@s extremamente importantes que estarão representadas de outra forma - vejam todos os links que incluo na barra lateral. 

Espero entretanto que ninguém se assuste com a lista, que poderia ser muito maior, como é óbvio, porque as leituras para cada módulo são reduzidas e irão devidamente especificadas. 

Algumas destas obras são de leitura facultativa.
http://contacausos.com.br/site2/wp-content/uploads/2015/12/mulheres_que_correm_com_os_lobos.pdf 


https://universo10.files.wordpress.com/2010/11/riane-eisler-o-cc3a1lice-e-a-espada.pdf

http://www.wiccabolivia.org/SharedFiles/Download.aspx?pageid=32&fileid=241&mid=107








terça-feira, 24 de setembro de 2013

Luiza Frazão

Licenciada em Línguas e Literaturas Modernas pela Universidade Nova de Lisboa; Sacerdotisa de Avalon e de Rhiannon, formada pelo Templo da Deusa de Glastonbury, Reino Unido; Irmã das Hespérides; cerimonialista da Deusa; criadora da Roda do Ano de Cale do Jardim das Hespérides e guardiã do Seu Templo; investigadora do Sagrado Feminino, autora da obra A DEUSA DO JARDIM DAS HESPÉRIDES: DESVELANDO A DIMENSÃO ENCOBERTA DO SAGRADO FEMININO NO NOSSO TERRITÓRIO; professora de Desenvolvimento Pessoal e Espiritual, formadora de Sacerdotisas e de Sacerdotes do Jardim das Hespérides, dinamizadora de cursos, oficinas, cerimónias, palestras e outros eventos inspirados na Deusa; Sacerdotisa-guia de caminhos sagrados, tanto no Jardim das Hespérides (Portugal) como em Avalon (Glastonbury).

domingo, 25 de agosto de 2013